O PSDB e o governo Dilma (PT) querem entregar de vez o Pré-Sal para as transnacionais

O projeto de Serra só prejudica os interesses estratégicos do Brasil

Zika e microcefalia: O governo perde feio para o mosquito

As mulheres é quem devem decidir se prosseguem ou não a gestação

O que está por trás das denúncias e do apoio a Lula?

Com o momentâneo arrefecimento do impeachment de Dilma, disputa mira 2018

20 de outubro de 2014

Recentes crimes contra mulheres no litoral de SP expõem o caráter machista de nossa sociedade

Fabíola Calefi, da Secretaria de Mulheres do PSTU Baixada Santista

O vídeo circula há várias semanas nas principais redes sociais da internet. Até a data da publicação desta matéria, as cenas de agressão e tortura sofrida por uma menor de idade de Praia Grande já haviam batido a casa das 40 mil visualizações no Youtube. As imagens são chocantes e não dão margem para dúvidas: o machismo é um dos maiores sintomas da barbárie da sociedade capitalista. 

Divulgado no final de setembro, o vídeo mostra uma jovem de 17 anos sendo agredida por algumas mulheres. A vítima teria saído com o marido da acusada, que na gravação é vista agredindo a adolescente com queimaduras de cigarro, tapas e tortura psicológica.

Recentemente, num vídeo com mais de 400 mil visualizações, a acusada grava um depoimento se defendendo das acusações; reclama que vem sendo julgada e que a vida dela "está um inferno". Ela acusa a vítima de "se fazer de santa, coitada" e interferir no relacionamento dela com o então companheiro. Em um determinado momento da gravação, a suspeita desabafa: "O mundo inteiro está contra mim. Eu peço desculpa para a [vítima], peço desculpas para a mãe dela e peço pra vocês tentarem ver o meu lado, porque eu não sou essa pessoa ruim”. Sintoma de uma sociedade extremamente machista, e não apenas uma triste coincidência, este caso não é - infelizmente - um caso isolado na Baixada Santista. Recentemente, outros dois casos vieram à tona por meio da imprensa da região.

Outro vídeo, também gravado em Praia Grande, mostra duas jovens sendo agredidas e torturadas por outras mulheres. Divulgado nas redes sociais por uma das agressoras, esse crime também foi motivado por uma suposta traição. Elas recebem tapas, socos, são xingadas e têm o cabelo cortado. No fim do vídeo, a amiga é obrigada a agredir a outra vítima, que pede a interrupção da sequência de socos alegando estar grávida. Segundo informações da polícia, o vídeo teria sido gravado no mês de setembro.

Com um desfecho trágico, outro caso voltou a ser lembrado nos últimos dias com o anúncio da condenação a 13 anos de prisão do ex-namorado de Ivone Maria de Santana Santos, doméstica assassinada por ele na manhã de 9 de maio de 2013, na Ponta da Praia, em Santos. Na época do crime com 20 anos, o réu alegou ter matado a prima, de 30 anos, porque não se conformou com o fato de ela terminar recentemente o namoro e não querer reatar o relacionamento.

Três tragédias, um drama
Os três fatos relatados acima estão longe, infelizmente, de ser uma exceção em nossa região. Pelo contrário, acontecem todos os dias, em todo o país. Mais do que isso, refletem como em nossa sociedade o machismo ainda é uma ideologia dominante, que favorece a exploração e oprime as mulheres, principalmente da classe trabalhadora. Uma ideologia que divide nossa classe, separa homens e mulheres, causando sofrimento e barbaridades.

No caso da violência cometida por mulheres contra outras mulheres percebemos, até mesmo na repercussão dos casos, como a competição entre as mulheres é estimulada. Tirar satisfação ou agredir a segunda mulher envolvida no relacionamento é a expressão disso.

Em nenhum momento se questionou o comportamento dos homens, que seguem vivendo conforme sua vontade, respaldados no mito de que aos homens tudo é permitido. A monogamia aqui é imposta somente às mulheres, seu desejo sexual é reprimido e considerado imoral, mas aos homens está livre a poligamia e manutenção da prostituição para satisfazer seus desejos sexuais.

Percebemos, com esses casos, como o machismo resiste em manter a concepção de que a mulher é um sujeito inferior e que deve se submeter às vontades dos homens. E as mulheres, sejam elas as agredidas ou as agressoras, são todas vitimas dessa lógica.

O fato é que, além de deixar marcas, o machismo mata. Todos os dias 15 mulheres morrem por dia vítimas de violência machista. Esses dados comprovam que nossa sociedade vive sob uma lógica em que as mulheres são propriedade do homem. A doméstica Ivone foi mais uma vítima de uma sociedade em que à mulher não é concedido o direito de ter vontade própria e não é respeitada a sua decisão de não se submeter a determinados relacionamento e comportamentos de seus companheiros. 

Somado a esse triste fato, temos uma Justiça que não pune esses crimes. Inclusive ainda contém definições, para crimes de assassinato de mulheres por seus companheiros, como “defesa da honra”. E as mulheres que resolvem denunciar seus agressores não encontram número suficiente de delegacias ou um atendimento justo, sendo muitas vezes incentivadas pelos policiais e delegados a “deixar pra lá”. Soma-se a isso, o acesso quase nulo a casas abrigos e atendimento médico ou jurídico especializados - itens garantidos formalmente pela Lei Maria da Penha.

Na inauguração da Sede do PSTU, em Cubatão, 
Zé Maria abordou o tema de Opressões

É preciso investimento no combate ao machismo
As principais vítimas da violência são as mulheres trabalhadoras. Mesmo assim, Dilma Roussef segue privilegiando os banqueiros e grandes empresários. Em 2012, cortou R$ 23,4 milhões no orçamento da Secretaria de Políticas para as Mulheres. Já o orçamento federal de 2014 prevê a destinação de 42% do total de R$ 2,48 trilhões para o pagamento de juros e amortizações da dívida pública. Desse jeito, não sobra nada para as mulheres trabalhadoras.

Sem investimento é impossível aplicar e ampliar a Lei Maria da Penha. Nós do PSTU acreditamos ser possível a reversão desse quadro, mas para isso as prioridades do governo precisam ser invertidas. É impossível pensar a aplicação da Lei Maria da Penha sem a construção de casas abrigos, sem a criação de centros de referência ao atendimento da mulher vítima de violência, sem delegacias especializadas com profissionais capacitados.

Enquanto lutamos para que a lei Maria da Penha seja efetiva contra a violência doméstica, na sociedade de conjunto existe uma educação sexista e machista; existem programas na mídia que colocam a mulher numa posição de objeto sexual; propagandas de cerveja, casas noturnas e marcas esportivas que tornam o corpo da mulher um desejo a ser consumido.

Com as mulheres negras, homossexuais, bissexuais e transexuais a opressão machista é ainda mais cruel. As mulheres negras, como dizem o mito popular são ”boas pra transar, mas não pra casar”, as mulheres homossexuais estão expostas a violência do estupro corretivo, no qual o homem se dá ao direito de lhe mostrar “o que é bom de verdade”, as transexuais são violentadas e mortas. O Brasil é o pais com mais mortes de transexuais do mundo.

O PSTU acredita que todas as pessoas, independente de sua orientação sexual e de suas escolhas, devem ter seus diretos garantidos e serem respeitados com uma vida livre da opressão e exploração. Por isso, acreditamos que só a luta muda a vida, por isso lutamos por uma outra sociedade, uma sociedade livre de todas as formas de exploração e opressão, uma sociedade socialista. 

- Contra a homofobia, bifobia e transfobia!
- Contra o Estatuto do Nascituro e pela Legalização do Aborto! 
- Investimento para aplicação e ampliação da Lei Maria da Penha 
- Contra a violência machista - Trabalho igual, salário igual 
- Por uma sociedade livre da exploração capitalista, por uma sociedade socialista 
- Creches, lavanderias e restaurantes públicos para a libertação das mulheres 
- 10% do PIB para a Educação e 10% do PIB para a Saúde

15 de outubro de 2014

Reprovada por 77% da população, Maria Antonieta paga o preço por governar para os ricos

Deve ter caído como uma bomba no gabinete da prefeita do Guarujá, Maria Antonieta (PMDB), o resultado da pesquisa IPAT (Instituto de Pesquisas A Tribuna) sobre o seu governo. A rejeição à figura da prefeita é de 77,8%. Em relação à sua gestão, chega a quase 50% o número de pessoas que consideram o governo péssimo (37,4%) e ruim (13,5%). 

Entre os prefeitos da região, Maria Antonieta ostenta o pior desempenho das pesquisas realizadas pelo IPAT na região - que envolve nove cidades. Se existe algum traço de surpresa na equipe da prefeita, não podemos dizer o mesmo da população que avaliou negativamente a prefeita.

No último período, no lastro das jornadas de junho e das greves que sacudiram o país, o povo do Guarujá - especialmente de Vicente de Carvalho - se levantou contra uma série de ataques e descasos do poder público municipal. Recentemente, tivemos a luta popular contra o fechamento do Pronto Socorro de Vicente de Carvalho, com uma dura batalha travada pelas famílias; a sistemática luta por moradia, com uma série de ocupações; além das greves dos professores da rede municipal e dos motoristas de ônibus.

Como ponto comum de todas essas lutas está o fato de que se enfrentaram diretamente com a intransigência e descaso da prefeita Maria Antonieta, que caminha para um segundo mandato que não deixará saudades. Ainda assim, o preço que está sendo pago pela prefeita por ter escolhido governar para os empresários é muito pequeno perto do preço que a população pagou e continua pagando por ter um governo que vira as costas para a população pobre.

Infelizmente, Guarujá é um dos retratos mais explícitos de um país extremamente desigual. De um lado, belas praias e mansões que ostentam riqueza; de outro, o completo abandono e caos de serviços essenciais à população como saúde e educação, e de direitos básicos como a questão da moradia. 

Com suas modestas forças, o PSTU seguirá ao lado do povo trabalhador do Guarujá em todas as lutas travadas por seus direitos e melhores condições de vida. E, mais uma vez, afirmamos que é nas greves e nas lutas da população que será possível construir uma cidade para os trabalhadores.

13 de outubro de 2014

Segundo turno: quem fortalece a direita?


* Gabriel Casoni, da direção regional do PSTU Baixada Santista

No bate-papo dos velhinhos na praça, almoço de domingo em família, conversas entre os colegas de trabalho, redes sociais, em toda parte, o assunto é um só: Dilma ou Aécio?

As discussões são acaloradas, apaixonadas. Na esquerda e entre os trabalhadores, há um legítimo ódio contra Aécio e o PSDB. Ainda martelam na mente, como um pesadelo, as lembranças do governo de FHC. Quem não se lembra das privatizações obscenas? Quem não se recorda do desemprego em massa e dos ataques aos direitos dos trabalhadores? Quem não pensa nas milhões de famílias que viviam assoladas pela fome e o desamparo?

Os tucanos e seus comparsas não merecem um pingo de confiança do povo brasileiro. É preciso chacoalhar os trabalhadores e os jovens que, frustados com o governo Dilma, pensam em votar em Aécio. O PSDB e seus aliados são nossos inimigos irreconciliáveis e assim devem ser tratados pela classe trabalhadora.

Até esse ponto há um consenso entre aqueles que se consideram de esquerda. Porém, por outro lado, não há um acordo sobre o voto em Dilma no segundo turno.

Muitos amigos, preocupados com o crescimento eleitoral da direita, me perguntam: não seria sensato votar em Dilma para evitar um retrocesso ainda maior com a vitória da Direita?

Em primeiro lugar, os alerto: a direita não está só na oposição tucana. A direita está com muito peso dentro do próprio governo Dilma. Com quem está Maluf, Sarney, Collor, Kátia Abreu e tantas outras figuras sinistras?

E mais, para os banqueiros, empreiteiras, ruralistas, enfim, para a grande burguesia corrupta e parasitária, o investimento feito até aqui na candidatura petista é maior do que as doações destinadas aos tucanos. É preciso refletir com serenidade sobre o significado desse fato tão revelador.

Por fim, termino com algumas perguntas sinceras aos meus amigos que temem o triunfo dos tucanos: o que explica o crescimento da Direita nas eleições? O que fez com que uma figura lamentável como Aécio possa aparecer na TV, com o sorriso na boca, falando em nome da mudança?

Não será o momento de refletir sobre o pacto de Lula e do PT com os banqueiros, as empreiteiras e os partidos corruptos da direita?

A história está farta de exemplos de governos de “esquerda” que, servindo aos velhos senhores, fazem renascer a direita moribunda.

A estratégia da direção petista, a da administração dos negócios capitalistas com pequenas concessões sociais, é a principal responsável pelo sorriso reluzente de Aécio na campanha. Infelizmente, o PT é a esquerda que a direita gosta. Alimentar ilusões não faz bem. Por isso, votarei nulo no segundo turno.

10 de outubro de 2014

Posição do PSTU no segundo turno das eleições presidenciais

É nas lutas que vamos mudar o Brasil para assegurar vida digna para os trabalhadores e o povo pobre 

Zé Maria, Presidente Nacional do PSTU

Diante de um segundo turno disputado por um candidato do PSDB – representante maior dos bancos e das grandes empresas em nosso país – e uma candidatura do PT, nós entendemos as razões que levam ainda muitos trabalhadores a acharem que é melhor votar em Dilma para derrotar Aécio Neves, e respeitamos, obviamente, a opinião de todos que pensam assim. Mais que isso, queremos estar juntos com estes e com todos os trabalhadores nas lutas que teremos pela frente para defender nossos direitos e melhores condições de vida para nosso povo. No entanto, queremos expressar claramente a opinião do nosso partido pelo voto nulo e as razões pelas quais a adotamos.

O PSTU lançou candidatos às eleições para defender um programa operário e socialista para o país. Um programa para garantir o atendimento das demandas necessárias para assegurar vida digna para os trabalhadores e o povo pobre - saúde, educação, moradia, transporte, aposentadoria, reforma agrária, emprego e salário digno para todos. Para assegurar o respeito aos direitos das pessoas LGBT, o fim da discriminação e do machismo contra as mulheres e do racismo contra negros e negras. Que ponha fim à violência e à criminalização da pobreza e das lutas dos trabalhadores e da juventude brasileira.

Um programa que, para atingir estes objetivos, avança em medidas para colocar fim ao controle que os bancos, as empreiteiras, as multinacionais e as grandes empresas têm sobre nosso país, pois esta é a única forma de acabar com a injustiça e a desigualdade.

O segundo turno das eleições será disputado por duas candidaturas que não defendem este programa. Aécio Neves, do PSDB é o representante direto dos bancos e das grandes empresas que controlam o país. Seu governo seria a expressão clara do retrocesso, da volta de um governo que, como FHC, privatizou, entregou o patrimônio do Brasil às multinacionais e atacou duramente os direitos dos trabalhadores. De governos como o de Geraldo Alckmim de São Paulo e de Anastasia em Minas Gerais, onde a brutalidade e a violência policial é a única resposta às demandas dos trabalhadores, do povo pobre e da juventude a brutalidade policial.

A continuidade do governo do PT, com Dilma Roussef, tampouco vai trazer as mudanças que os trabalhadores e a juventude brasileira querem, para terem uma vida melhor. Depois de 12 anos de governo petista, é forçoso reconhecer que este partido tem governado privilegiando os mesmos interesses que o governo anterior. Ao buscar uma aliança com os bancos e grandes empresas para governar (representados pelos Sarney’s, Collor’s e Maluf’s da vida), o PT não mudou nem vai mudar o país.

O Bolsa Família, apresentado como prioridade do governo petista, pois destinado a combater a pobreza, leva do orçamento do país cerca de 24 bilhões de reais/ano. Já o Bolsa Banqueiro – recursos públicos que saem do mesmo orçamento para engordar os lucros dos bancos e especuladores do mercado financeiro – chega a 900 bilhões de reais/ano. Ou seja, a prioridade, de fato, segue sendo os bancos e não os pobres.

Pelo contrário, com a desaceleração da economia que estamos assistindo – o PIB do país deve crescer menos de 1% este ano – o que está em preparação desde já são mais ataques aos direitos dos trabalhadores. É o aumento do preço da gasolina (e aumento de preços que vêm em cascata toda vez que aumenta a gasolina), aumento da tarifa de luz, continuidade das privatizações, como o recente leilão do Campo de Libra; o que se prepara é mais subsidio para os bancos e grandes empresas, e não medidas que impeçam o crescimento de desemprego.

Vai ser assim em um eventual governo do PSDB, mas infelizmente, pelo que se viu nos últimos doze anos, também em um governo do PT. A experiência do povo brasileiro com os governos do PSDB e também com os governos do PT não dá base para que se tenha ilusão de que o resultado destas eleições mude o país e acabe com as mazelas que afligem nossa vida cotidianamente. Pelo contrário, os trabalhadores e a juventude devem se preparar para a luta em defesa de seus direitos e interesses. É nas lutas que vamos mudar o Brasil para assegurar vida digna para os trabalhadores e o povo pobre.

O PSTU acredita, como dissemos no primeiro turno, que o voto é um gesto político, fortalece quem o recebe. E – por tudo que está dito acima – nossa opinião é que não podemos fortalecer nenhuma das alternativas que estão disputando o segundo turno. Por esta razão, nossa opinião é que o voto certo no segundo turno é o voto nulo, e que sim, precisamos fortalecer cada vez mais a organização e a luta dos trabalhadores e a juventude, pois é na luta que reuniremos condições para mudar nosso país. É esta opinião que levamos aos milhares de trabalhadores e jovens que nos acompanharam na primeira fase das eleições.

Saudações socialistas 
Zé Maria, Presidente Nacional do PSTU

8 de outubro de 2014

Governos querem jogar famílias do Núcleo Água Fria, em Cubatão, na rua

“Quem é rico mora na praia, mas quem trabalha nem tem onde morar” Fagner 

Os moradores do Núcleo Agua Fria, uma ocupação com mais de quarenta anos de existência em Cubatão, além de viverem uma situação de total abandono por parte dos governos; ruas esburacadas, falta de instalações adequadas de agua e energia elétrica. Agora sofrem a ameaça de serem expulsos de suas casas sem indenização. O governo está oferecendo um auxilio aluguel no valor de 400 reais. Valor muito diferente do aprovado como auxilio moradia para juízes, 4.300,00 reais. Todos sabem que com 400 reais não se aluga casa em lugar algum da Baixada Santista.

No Núcleo Água Fria vivem cerca de 700 famílias de trabalhadores que convivem com o abandono das autoridades. A localidade é um retrato do descaso. Falta tudo. As ruas são esburacadas e o saneamento básico precário.

Neste ano, os moradores do local foram castigado pela enchente de 22 de fevereiro. Na época o governador Alckmin prometeu duas mil moradias para atender toda a região atingida pela enchente, mas como tantas outras, essa proposta do governador também não saiu do papel.

Água Fria é um retrato do que ocorre em Cubatão e em todo o Brasil. Os trabalhadores, que constroem a riqueza da cidade e do país, ganham tão pouco que não tem um direito básico: uma casa. Em Cubatão, uma das cidades que mais produz riqueza no Brasil, temos mais de 14 mil famílias moram precariamente, são mais de 50 mil pessoas que ajudam a produzir a riqueza da cidade, mas tem os direitos básicos negados.

No Brasil a situação não é diferente. Apesar de ser um país muito rico, a sexta maior economia do planeta, amarga graves problemas sociais. Pois os governos repassam a riqueza produzida pelos trabalhadores para os banqueiros e grandes empresários que financiam suas campanhas eleitorais. E o povo trabalhador fica miséria.

Segundo o IBGE faltam 7,9 milhões de residências no Brasil e 25% da população (52 milhões de pessoas) têm condições precárias de moradia. 90% das famílias que precisam de moradia ganham até 3 salários mínimos, mas 60% das verbas do programa do governo federal minha casa minha vida vão para famílias com renda superior, pois são as preferidas das empreiteiras. Além de não beneficiar as famílias que mais necessitam o programa minha casa minha vida repassa bilhões para as grandes empreiteiras, aumentando a chamada especulação imobiliária. O que eleva o preço dos alugueis.

O que querem as famílias de Água Fria?
As famílias de agua fria querem casas! Elas já tem suas casas construídas com muito trabalho no Núcleo Água Fria e não é justo que sejam despejadas, sem intenção, e com um auxilio aluguel de 400 reais, valor abaixo do preço dos alugueis em toda Baixada Santista. Por tanto as famílias só aceitarão sair do Núcleo com a garantia por parte dos governos de irem para uma casa.

Proteção do meio ambiente: dois pesos duas medidas
A justiça alega que a retirada das famílias é uma medida para proteger o meio ambiente. Faz parte de um projeto para recuperar a encosta da Serra do Mar. É muito importante a proteção do meio ambiente, mas a questão é tratada como caso de policia quando trata-se de famílias de trabalhadores e a justiça faz vista grossa para a destruição ambiental vinda de empresários. Os ricos e poderosos poluem o meio-ambiente com suas indústrias em Cubatão, constroem casas em área de proteção ambiental nas encostas são Pedro e Iporanga (Guarujá) e até um condomínio fechado em área de proteção ambiental, na beira da praia e de quebra fecham a praia só para eles. A Riviera de São Lourenço. E contra isso a justiça se cala. 

Todo apoio a luta das famílias de Agua Fria!
Moradia digna para todas as famílias de Agua Fria Já!
Por garantia de moradia digna para todos!
Por um plano de obras publicas para a construção de 7,9 milhões de casas no Brasil!
6% do PIB (total de riqueza produzida no país em um ano) em moradia popular já!

Nota de repúdio ao caso de LGBTfobia em Mongaguá

A juventude socialista do PSTU Baixada Santista deixa claro, através desta nota, seu nojo e indignação ao caso descarado de LGBTfobia ocorrido recentemente na cidade de Mongaguá, Litoral Sul de São Paulo. 

A vítima foi o estudante Alê Secker, cujo nome de registro é Alessandra Secker, que nesta última segunda feira (6) sofreu uma violenta agressão de um desconhecido ao deixar a pousada da mãe na cidade litorânea. O agressor utilizou pedradas e chutes para ferir a vítima, além de ofender e ameaçar o estudante de morte. O caso já foi registrado, mas a identidade do agressor continua desconhecida.

O mais revoltante foi que Alê já havia sofrido outra violência LGBTfóbica anos atrás, o que claramente demonstra o medo constante que gays, lésbicas, bissexuais e pessoas trans* passam diariamente. A qualquer minuto uma ameaça, uma agressão e até mesmo uma morte. Viver é uma luta para a comunidade LGBT. Basta!

O programa do PSTU visa uma sociedade livre de opressões e preconceitos, e mais um caso de tentativa de homicídio da comunidade LGBT demonstra a necessidade da luta por essa sociedade! 

Nestas últimas eleições foi eleito o Congresso mais conservador desde 1964, o que implica que a mudança que a comunidade, e os trabalhadores, precisam não será feita através das urnas ou do sistema. A mudança pela liberdade e fim das opressões só será feita através das lutas! Lutas que nós do PSTU nos orgulhamos de apoiar todos os dias e não desistiremos sob nenhuma circunstância!

Que a comunidade LGBT não precise mais viver escondida sob medo constante de violência! Basta de preconceitos e opressões! Deixamos aqui nosso apoio incondicional a Alê e para outros tantos que sofrem o mesmo tipo de violência. Estaremos sempre ao lado de vocês auxiliando nessa luta! 

Nota da Juventude do PSTU Baixada Santista

3 de outubro de 2014

Não basta ser da região. Tem que ser de luta e sem rabo preso com empresários e corruptos. Vote nos candidatos do PSTU

Faltam poucos dias para as eleições, que acontecem no próximo domingo - 5 de outubro. E se existe ainda muita dúvida sobre o voto para as candidaturas majoritárias - presidência, governos estaduais e senado -, a interrogação dos eleitores é ainda maior na hora de votar para deputado estadual e federal.  

Na Baixada Santista, segundo pesquisa do IPAT (Instituto de Pesquisas A Tribuna), mais de 57% dos eleitores entrevistados não sabem ainda em quem votar para federal. Para estadual, o número é maior: 61,11% ainda não definiram seu voto.

Diante disso, mais uma vez o que se espera é a influência de dois fatores para a escolha na última hora: por um lado, o peso econômico, e por outro o fator regional. As candidaturas milionárias, financiadas pelos empresários, são via de regra as mais lembradas na hora do voto. Isso tem uma explicação simples.

Com os milhares de materiais espalhados nas ruas (santinhos, informativos, adesivos), carros de som, cavaletes, banners, anúncios em jornais e propaganda na tevê, os candidatos com campanhas milionárias praticamente sufocam as demais candidaturas, que sequer têm condição de apresentar suas propostas diante da desigualdade econômica que a eleição com financiamento privado de campanha perpetua.

A Baixada Santista é um exemplo disso. Papa, do PSDB, e Beto Mansur, do PRB, ambos ex-prefeitos de Santos, aparecem nas pesquisas nas primeiras posições da corrida por uma cadeira na Câmara dos Deputados, em Brasília. Ao mesmo tempo, não por acaso, quando o tema é doação de empresas são os campeões de arrecadação. Dos mais de R$ 680 mil já arrecadados por Papal, R$ 520 mil vieram de empresários. Já Beto, velho conhecido da população e da Justiça por exploração de trabalho escravo e infantil em sua fazenda, recebeu até agora mais de R$ 310 mil em doações - R$ 250 mil de empresas. 

Um dos maiores doadores, para as duas candidaturas, é o milionário Armênio Mendes - conhecido pelos santistas como “o dono da cidade” por ser o proprietário de inúmeros empreendimentos. Se é o dono da cidade não podemos afirmar, mas sem sombra de dúvidas Papa e Beto Mansur terão a quem servir caso sejam eleitos. 

Afinal, empresário não faz doação, faz investimento! Todos os candidatos financiados por empresários governam e legislam, quando eleitos, para quem bancou suas campanhas. Esse é um dos ciclos da corrupção e um dos exemplos práticos do por que esses políticos, que se revezam no poder há anos, governam para os ricos e poderosos, não para a maioria explorada do povo. 

Fica fácil "deduzir", com esses números, por que as obras do VLT tiveram o seu trajeto alterado justamente numa das áreas em que existe um empreendimento do empresário Mendes. Oficialmente nada se diz, é claro, mas sabe-se que o trajeto anterior não agradava em nada o empresário, que temia ter seu negócio desvalorizado. 

Voto regional não basta
Com uma campanha modesta, construída pela militância e por seus simpatizantes, o PSTU lançou dois nomes para deputado estadual na região. Luiz Xavier (16456), militante histórico da construção civil de Cubatão e servidor público de Santos aposentado, e Samuel Lopes (1600), servidor da Prefeitura na área de Assistência Social.

Samuel Lopes e Luiz Xavier, durante Campanha em Vicente de Carvalho

Na eleição de 2012 foram os candidatos do PSTU para os cargos de prefeito e vice-prefeito de Santos, respectivamente. Para deputado federal, estamos fazendo uma forte campanha pela candidatura de Toninho Ferreira (1616), advogado das famílias do Pinheirinho, em São José dos Campos, que foi a maior ocupação urbana da América Latina e, lamentavelmente, desocupada de maneira violenta em 2012 pela PM de Alckmin. 

Em comum nesses três nomes, uma larga trajetória de luta ao lado do povo pobre e trabalhador. Em comum, três militantes de esquerda, socialistas, que nunca mudaram de lado. 

Para o senado apresentamos a candidatura de Ana Luiza (161) e para governador indicamos o voto em Gilberto Maringoni (50), ambos candidatos pela Frente de Esquerda (PSTU/PSOL). Para presidente, o candidato da legenda é Zé Maria (16), metalúrgico e dirigente histórico da classe trabalhadora que não mudou de lado.

A campanha do PSTU, assim como sua luta cotidiana, se dá com o povo pobre trabalhador

O PSTU é diferente. Não aceita nenhum centavo dos empresários, pois entende que não existe independência política sem independência financeira. Nossa campanha é bancada e realizada pela militância, que acredita em um ideal, e pelos simpatizantes, que confiam em nossas propostas e modo de fazer política.

Para os velhos políticos perderem, os empresários e corruptos precisam perder. Por isso, pedimos que apoie e vote nos candidatos do PSTU - um partido que todos os dias, e não apenas de quatro em quatro anos, está ao lado dos explorados e oprimidos. Vote nos candidatos de esquerda, naqueles que apoiam as greves e mobilizações dos trabalhadores e da juventude. Fortaleça essa luta!

“Voto útil é aquele do qual você não se arrepende”



Em entrevista ao Opinião, o candidato à presidência da República pelo PSTU, Zé Maria, explica porque votar em uma candidatura operária e socialista, e fala que o PSTU é um partido diferente, que luta para “fazer uma revolução socialista em nosso país”. 

Por que é inútil votar em Marina, Aécio ou Dilma? Por que é útil votar em você, do PSTU? 
ZÉ MARIA - O voto útil é aquele do qual você não se arrepende. Votar em Dilma, Marina ou Aécio é escolher que as coisas continuem como estão ou piorem. Estas três candidaturas defendem o mesmo modelo econômico, que privilegia os interesses dos bancos, das empreiteiras, do agronegócio. Basta ver que todas elas estão recebendo milhões de bancos e empresas para financiar suas campanhas. O voto é um gesto político e devemos usá-lo a favor das mudanças que precisamos no país, para fortalecer nossa luta e podermos estar mais fortes para enfrentar os ataques que virão e defender nossos direitos. Esse voto é um voto no PSTU, no 16. 

O horário eleitoral passou a exibir ataques entre Dilma, Marina e Aécio, nos quais todos eles dizem ser contra os banqueiros e defender os trabalhadores. Esse debate é coerente com o programa e atitude destes candidatos?
ZÉ MARIA - Estamos assistindo um festival de mentiras. Marina diz que representa a nova política e o povo pobre, mas, na verdade, está cercada de assessores do PSDB que estão definindo a sua política econômica. Sua candidatura é financiada pelos bancos e grandes empresas. Aécio, do PSDB, é a volta ao passado e nós sabemos o que foi o governo FHC. Mas, tampouco as mudanças que precisamos virão com a continuidade do governo Dilma. Já são 12 anos de governos do PT, os bancos seguem mandando e as privatizações continuam. Dilma diz que a prioridade é o pobre, a mulher e os negros, mas com a Bolsa Família ela gasta R$ 23 bilhões ao ano. Com os bancos são R$ 800 por bilhões por ano! Se a prioridade fossem os trabalhadores e os pobres, ela colocava estes 800 bilhões para atender as reivindicações de mudança da maioria. Com qualquer uma destas três alternativas a vida não vai mudar para melhor. Hoje a maioria não confia nos políticos.

Você diz que não vamos mudar o país através das eleições. Então qual o sentido de disputar as eleições e de lutar para eleger deputados do PSTU?
ZÉ MARIA - O PSTU disputa as eleições para apresentar uma proposta alternativa para o país, para demonstrar que é possível assegurar vida digna para os trabalhadores, o povo pobre e oprimido, desde que acabemos com os privilégios dos bancos e das grandes empresas. Não podemos deixar os trabalhadores e jovens à mercê da propaganda das candidaturas dos patrões. Em segundo lugar, o fazemos para levar aos trabalhadores e jovens a ideia de que estas mudanças só vão ocorrer se tivermos no país, um governo dos trabalhadores, sem patrões. Para que tenhamos um governo assim e para que ele possa governar precisamos avançar em nossa organização e em nossa luta. Sem um amplo processo de mobilização social para lutar por essas mudanças, com o povo nas ruas, não conseguiremos mudar o Brasil. A campanha e a construção do PSTU estão a serviço destes objetivos. É importante o voto no PSTU porque esse voto ajuda a avançar a mobilização, a consciência e a organização dos trabalhadores. Queremos eleger deputados para que eles estejam a serviço da luta dos trabalhadores e da construção desta alternativa. Os deputados do PSTU vão denunciar as falcatruas do Congresso Nacional e do governo e vão lutar contra os privilégios dos políticos. Um deputado ou deputada do PSTU vai viver com o mesmo salário que recebe hoje, antes de ser deputado, e vai propor que nenhum político ganhe um salário maior que o salário de um operário ou de um professor. 

Por que não se fez uma Frente de Esquerda entre PSTU, PSOL e PCB? 
ZÉ MARIA - Na primeira eleição em que o PT participou, em 1982, Lula foi candidato a governador de São Paulo. O programa era romper com o FMI, não pagar a dívida externa e estatizar os bancos. Teve 10% dos votos. Para mim o resultado pareceu ótimo. Lula achou muito ruim e decidiu que se não deixasse de defender estas bandeiras polêmicas nunca ganharia as eleições. Começou uma rotina de rebaixamento do programa para buscar mais votos, e isso nunca mais parou. Depois, passou a fazer alianças com os patrões e a receber dinheiro de empresas. Pois bem, na primeira reunião que fizemos com a direção do PSOL para discutir a Frente, nos disseram que não estavam a favor de defender um programa que tivesse bandeiras consideradas radicais (estatização dos bancos, reestatização das empresas privatizadas, nacionalização das terras etc.), porque isso dificultaria a disputa dos votos. Não tínhamos como concordar com isso. Dizer aos trabalhadores que é possível mudar suas vidas sem adotar estas mudanças seria mentir para as pessoas. Estávamos diante de cenas que já tínhamos vivido com o PT, e já sabemos como terminou este filme. Por outro lado, não tínhamos segurança de que não seria aceito financiamento da campanha por empresas. Hoje, sabemos que pelo menos um grande grupo empresarial (Zaffari) ajuda a financiar a campanha do PSOL. Aliás, não é a primeira vez. E sem independência econômica, não há independência política. Se nossa alternativa pressupõe a luta contra as grandes empresas, como vamos fazer isso sendo financiados por elas? O PT enveredou por este caminho e deu no que deu. Não temos o direito de repetir esta história. O PCB havia decidido lançar candidatura própria, o que respeitamos. 

Você e o PSTU priorizaram fazer uma campanha mais forte na classe operária, percorrendo canteiros de obras, fábricas e bairros operários. Por que esta prioridade e como vem sendo esta campanha?
ZÉ MARIA - O projeto que defendemos é operário e socialista. Nada mais adequado que o partido busque envolver nesta luta a maior quantidade possível de operários. E que busque ampliar sua influência e organização no seio da classe operária. Por isso, centramos nossa campanha aí. Mas não é só na campanha. Viemos para ficar. E a receptividade está muito boa. Há um processo de ruptura amplo com o PT na classe operária. Setores da classe não acreditam mais que o PT vá mudar o país. É normal que, eleitoralmente, grande parte destas rupturas busquem uma alternativa eleitoral que lhes pareça viável para derrotar o PT. Mas isso não elimina o espaço para a discussão do programa que o PSTU apresenta. Pelo contrário, sentimos um espaço cada vez maior para as ideias do partido neste setor e estamos lutando para que o maior número possível deles vote no 16 e venha somar-se a nossa luta. Estamos muito contentes com o que temos alcançado com a campanha até agora. Existem dados crescentes de crise econômica e social não apenas no Brasil, mas em toda América Latina. 

Para o que devem se preparar os trabalhadores, caso Dilma, Aécio ou Marina sejam eleitos? 
ZÉ MARIA - Há sinais cada vez mais claros de que a economia brasileira caminha para uma situação parecida com a crise que temos visto em outras regiões do planeta. Algumas semanas atrás, divulgaram um crescimento negativo do PIB. A situação da indústria automotiva é só uma das expressões desta situação. As consequências já estão se fazendo sentir, com demissões na indústria, principalmente no Sul e Sudeste. Isto tende a piorar e nós sabemos o que acontece nas crises. Os bancos e grandes empresas fazem de tudo para descarregar seus custos nas costas dos trabalhadores. E como as candidaturas apontadas como prováveis vencedoras tem compromissocom os bancos e grandes empresas, podemos esperar por demissões e redução de direitos. Quando falam em ajuste fiscal, podemos esperar sucateamento dos serviços públicos. Precisamos estar preparados para enfrentar essa situação com luta, para evitar que isso aconteça da mesma forma que fizemos baixar o preço da tarifa do transporte, em junho de 2013.

Você sempre fala que o PSTU não é um partido eleitoreiro, é um partido diferente, uma ferramenta contra o sistema. O que você diria a um operário ou operária, já tão atarefados, para que dediquem um tempo para vir ajudar a construir essa ferramenta?
ZÉ MARIA - Mudar, para que os recursos do país e a riqueza produzida pelo trabalho fossem usados para garantir vida digna aos trabalhadores e ao povo pobre, era o sonho de milhões de trabalhadores brasileiros que ajudaram a construir o PT na década de 80. Queríamos um instrumento político para a luta da nossa classe, para realizar esse sonho. Infelizmente, isso tudo se frustrou porque o PT, a partir de sua direção, não escolheu o caminho de organizar a luta da nossa classe para mudar o Brasil. Escolheu buscar uma aliança com os patrões. E com os banqueiros, para ganhar as eleições e governar. E nossa classe está aprendendo, a duras penas, uma lição importante. Mas a desilusão com o PT não pode nos levar ao desalento, a não acreditarmos mais em nosso sonho. O primeiro passo é acreditarmos em nós mesmos e em nossa capacidade. Nós, os trabalhadores, somos a ampla maioria da população; nós construímos toda a riqueza do país com o nosso trabalho; nós fazemos o país funcionar. Por que então não podemos governar o Brasil? E, no governo, mudarmos o país, para que a prioridade deixe de ser o banqueiro, as empreiteiras, o agronegócio, as multinacionais, e passe a ser o trabalhador? Podemos sim. E força para isso nós temos, se decidirmos lutar por estas mudanças. Não fomos nós que, nas ruas, no início da década de 80 derrubamos a ditadura? O PSTU é o partido que quer resgatar esse sonho. E aprendemos com a história. Não somos iguais ao PT. Somos socialistas, lutamos para fazer uma revolução em nosso país, para acabar com a desigualdade, a injustiça, a opressão e a violência contra os trabalhadores. Para isso precisamos de um partido político diferente, que seja um instrumento para a luta do povo e não um partido para se aproveitar do povo como estes que estão aí. E este partido é o PSTU. Venha para o PSTU. Construir esse partido é ajudar nossa própria classe a realizar seu sonho de viver em uma sociedade livre de toda forma de exploração e opressão. 

Publicado originalmente no Opinião Socialista nº 486